Afinal, o que é Apeia do Sono?
A apneia do sono é um distúrbio do sono potencialmente grave em que a respiração para e começa repetidamente. Pessoas com apneia obstrutiva do sono podem, inclusive, não estar cientes de que têm o problema.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de qualidade de sono ruim e 33% sofre de apneia do sono.
Tipos
Existem dois tipos de apneia do sono:
Ronco e apneia
Apneia obstrutiva do sono
A forma mais comum, que ocorre quando os músculos da garganta relaxam durante o sono. A apneia obstrutiva do sono ocorre quando os músculos da parte de trás da garganta relaxam, o que acontece enquanto a pessoa dorme.
Nesse tipo de apneia do sono, quando esses músculos relaxam, as vias respiratórias se fecham, o que interfere e impede a respiração adequada. Isto pode reduzir drasticamente o nível de oxigênio no sangue. Assim, o cérebro recebe a mensagem de que algo está errado. Por ser incapaz de respirar, você desperta do sono por um breve momento - em que as vias respiratórias reabrem e permitem que a respiração volte ao normal. Esse problema, no entanto, se repete inúmeras vezes ao longo da noite (de cinco a trinta vezes por hora, em média) e pode causar sérias complicações.
Durante a apneia obstrutiva do sono, a pessoa pode produzir um ronco ou um som semelhante ao sufocamento. O sono irregular impede a pessoa de alcançar o sono profundo, fazendo-a se sentir sonolenta durante o dia.
Apneia do sono central
A apneia do sono central é muito menos comum e ocorre quando o cérebro não consegue transmitir sinais para os músculos da respiração. Uma pessoa que sofre com este tipo de apneia pode acordar com falta de ar ou sentir dificuldade para dormir ou, ainda, para manter o sono. Assim como ocorre com a apneia obstrutiva do sono, aqui a pessoa também pode apresentar sonolência durante o dia.
Causas
Apneia obstrutiva do sono
Para esse tipo de apneia do sono, a principal causa é a obstrução do canal respiratório. Situações como obesidade, anatomia das amígdalas e circunferência do pescoço podem levar à apneia do sono.
Apneia do sono central
A causa mais comum de apneia do sono central é a insuficiência cardíaca e, mais raramente, um acidente vascular cerebral (AVC).
Fatores de risco
Todas as pessoas podem apresentar apneia do sono, até mesmo crianças. Alguns fatores de risco, no entanto, costumam ser elencados pelos médicos. Eles variam de acordo com o tipo da doença, mas pelo menos duas características são comuns: ser do sexo masculino e ter mais de 60 anos de idade. Os homens, em geral, são duas vezes mais propensos a desenvolver a doença do que as mulheres, que têm seu risco aumentado se estiverem acima do peso e também após a menopausa.
Os principais fatores de risco para apneia obstrutiva do sono são:
Excesso de peso
Depósitos de gordura em torno de vias aéreas superiores podem obstruir a respiração. No entanto, nem todo mundo que tem apneia do sono está acima do peso. Pessoas magras também podem desenvolver o transtorno.
Circunferência do pescoço
Pessoas com um pescoço mais grosso podem ter vias aéreas mais estreitas que o normal.
Estreitamento das vias aéreas
Algumas pessoas possuem vias aéreas naturalmente mais estreitas. Há casos ainda em que as
amígdalas e adenoides podem se tornar maiores que o normal também, o que pode levar ao bloqueio das vias aéreas.
Histórico familiar
Pessoas que possuem parentes com histórico de apneia do sono têm mais riscos de ter o problema
Etnia
Afrodescendentes são mais propensos a desenvolver apneia do sono, principalmente os acima de 35 anos de idade.
Álcool
O consumo abusivo de álcool e de substâncias como sedativos e tranquilizantes podem relaxar os músculos da garganta.
Cigarro
Fumantes têm três vezes mais chances de ter apneia obstrutiva do sono do que pessoas que nunca fumaram. Fumar aumenta o risco de inflamação e de retenção de líquidos na via aérea superior.
Congestão nasal
Se tiver dificuldade em respirar pelo nariz - seja por um problema nasal, alergias ou um resfriado, por exemplo -, você possui mais chances de desenvolver apneia obstrutiva do sono.
Já para a apneia do sono central, os maiores fatores de risco são:
Distúrbios cardíacos
Pessoas com fibrilação atrial ou insuficiência cardíaca congestiva estão em maior risco de apresentar apneia do sono central.
AVC ou tumor cerebral
Um acidente vascular cerebral (AVC) ou o surgimento de um tumor cerebral podem prejudicar a capacidade do cérebro para regular a respiração, levando à apneia do sono central.
Sintomas de Apneia do sono
Os sinais e sintomas das apneias obstrutivas do sono incluem:
Hipersonia (sonolência excessiva durante o dia)
Ronco alto
Despertar abruptamente durante a noite com falta de ar
Despertar com a boca seca ou dor de garganta
Cefaleia matinal
Insônia
Déficit de atenção
Apresentar irritação, nervosismo e impaciência durante o dia, decorrentes de uma noite mal dormida
Ter esquecimentos
Dor de cabeça difícil de tratar.
Buscando ajuda médica
Consulte um profissional de saúde se apresentar ou notar em alguém:
Ronco alto
Falta de ar durante o sono
Pausas frequentes na respiração durante o sono
Sonolência excessiva durante o dia, o que pode levar a pessoa a cair no sono durante o horário de trabalho ou enquanto está dirigindo.
Muitas pessoas não encaram o ronco como um sinal de um problema de saúde potencialmente grave, e é verdade que nem todo mundo que ronca tem apneia do sono. Mas não se esqueça de conversar com um médico se houver ronco alto, especialmente se o ronco for acompanhado por períodos de silêncio.
Pergunte ao médico sobre outros eventuais problemas de sono que também possam levar a sintomas como cansaço, sonolência excessiva e irritabilidade.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a apneia do sono e seus tipos estão:
Clínico geral
Otorrinolaringologista
Pneumologista
Médico do sono
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
Quando os sintomas começaram?
Os sintomas são frequentes? Eles ocorrem todas as noites?
Já ficou sem respirar por muito tempo durante a noite?
Como você avalia suas noites de sono?
Em que posição você costuma dormir?
Diagnóstico de Apneia do sono
O médico pode fazer uma avaliação com base em seus sinais e sintomas ou pode encaminhá-lo para um centro em distúrbios do sono. Lá, um especialista do sono pode ajudar a identificar a causa do problema. Para realizar o diagnóstico, o médico poderá submeter o paciente muitas vezes a uma avaliação noturna, a fim de monitorar a respiração e outras funções do corpo durante o sono. Este exame noturno chama-se Polissonografia.
Polissonografia noturna
Durante este teste, você dorme e permanece conectado a um equipamento que monitora as atividades do coração, pulmão e cérebro, além de identificar um padrão na respiração e nos movimentos dos braços e das pernas. O aparelho também monitora os níveis de oxigênio no sangue.
Testes iniciais de sono
Estes geralmente envolvem medição da frequência cardíaca, nível de oxigênio no sangue, fluxo de ar e padrão de respiração. Se você tem apneia do sono, os resultados do teste vão mostrar oscilação no nível de oxigênio.
Tratamento de Apneia do sono
O principal objetivo do tratamento de apneia do sono é manter as vias respiratórias abertas para que a respiração não seja interrompida durante o sono. Talvez alguns pacientes precisem usar aparelhos odontológicos na boca durante a noite para manter a mandíbula posicionada mais para frente e impedir o bloqueio das vias aéreas.
As cirurgias podem ser uma opção em alguns casos. Isso pode envolver:
Cirurgias no nariz ou na cavidade óssea
Cirurgia para remoção de amígdalas e adenoides pode curar a doença em crianças, mas ela nem sempre é eficaz em adultos.
Atualmente, a inalação feita com uma máscara para pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP, na sigla em inglês) é considerada um tratamento padrão e eficiente para a apneia obstrutiva do sono na maioria das pessoas. E o melhor: pode ser realizado em casa. O CPAP é aplicado por uma máquina com uma máscara facial apertada.
Convivendo/ Prognóstico
O tratamento para apneia do sono pode e deve ser acompanhado de mudanças no estilo de vida. Elas podem aliviar os sintomas em algumas pessoas. Veja algumas dicas:
Evitar a ingestão de álcool e sedativos antes de dormir
Evitar dormir de barriga para cima
Perder peso
Complicações possíveis
Em razão da sonolência diurna, as pessoas com apneia do sono apresentam um risco maior de sofrer acidentes de automóvel por dirigir com sono e acidentes de trabalho por adormecer no serviço.
Além disso, a apneia obstrutiva do sono não tratada pode conduzir a (ou piorar) uma doença cardiovascular, como arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e hipertensão. Outras complicações incluem:
Disfunção sexual
Derrame (AVC)
Transtornos endócrinos e metabólicos
Déficits cognitivos.
Expectativas
Os sintomas da apneia do sono costumam ser completamente corrigidos com tratamento.
Prevenção
Qualquer pessoa pode desenvolver apneia do sono, e muitas vezes não há como preveni-la. Em outros casos, no entanto, algumas medidas podem ser adotadas, como:
Perder excesso de peso
Evitar o consumo exagerado de álcool
Cessar o tabagismo
Usar medicamentos apenas com orientação médica.
Para mais informações, acesse www.lifecpap.com.br ou ligue para (21) 3594-6160 / (21) 97013-8355 / (21) 99245-0255